Moisés Martins
Estou partindo para outra dimensão misteriosa,
deixando atrás muita coisa à fazer,
mas esperando que melhor você faça , se és laboriosa,
aquilo que aqui me fez fenecer.
Adentrando a caminhada prossigo sozinho,
entretanto, estarei lá tentando soerguer ,
a preparação do acasalamento de um novo ninho,
para, no aconchego do novo lar, com amor te receber.
Tenho certeza, não conseguirei ainda a tarefa terminar,
pois novas dimensões, estão a me surgir,
o retorno nas várias formas da vida a pulular,
nas perspectivas, qual teias se projetam no porvir.
Os dentes da engrenagem sempre ocupam ,
os espaços que já estiveram a ocupar,
nesta roda viva da vida ,
lhe digo não chores minha partida
é inadmissível, a morte com tantos
estágios na vida a escalar
talvez nos encontremos ,
neste percurso da sua chegada e minha saída.
Vida, morte, num circulo contidas,
figuras geométricas, perfeitas, sem fim
contendo o Universo no bojo, e as vidas,
no bojo contendo o Universo, o tudo enfim.
Onde está , o centro, o limite a periferia,
qual seu tamanho, onde começa , onde termina?
Terminas no começo do ontem que iniciaria,
ou começas no término do hoje que se finda?